2.4.16

Ivan Junqueira: "O aeroplano"




O aeroplano

Quando eu fiz cinco anos,
meu pai deu-me de presente um aeroplano
que ele próprio construíra
com finas hastes de bambu e papel de seda.
Tão leve quanto uma libélula,
o frágil engenho voou até desaparecer
por detrás do muro do quintal
e dos últimos reflexos de um poente de verão.
Ninguém jamais o encontrou.
Eu ia na cabine. Eu e minha infância,
que nunca mais voltou.



JUNQUEIRA, Ivan. "O aeroplano". In:_____. Essa música. Rio de Janeiro: Rocco, 2014.


7 comentários:

ADRIANO NUNES disse...

Cicero,


grato por postar esse belo poema de Ivan Junqueira!


Abraçaço,
Adriano Nunes

léo disse...

Muito bonito, Cícero !!!

Unknown disse...

O quera infância para ele?

Antonio Cicero disse...

Era ser capaz de ir na cabine de um aeroplano construído pelo pai dele com finas hastes de bambu e papel de seda.

Unknown disse...

Em que do eu-lírico esse fato aconteceu

Unknown disse...

como podesse vuar

Unknown disse...

Quando ele era criança é tinha cinco anos