1.6.12

George Gordon Byron: de "Childe Harold": trad. Augusto de Campos




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I have not loved the world, nor the world me, –
But let us part fair foes; I do believe,
Though I have found them not, that there may be
Words which are things, – hopes which will not deceive,
And virtues which are merciful, or weave
Snares for the failing: I would also deem
O'er others’ griefs that some sincerely grieve;
That two, or one, are almost what they seem, –
That goodness is no name, and happiness no dream.



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O mundo eu não amei, nem ele a mim –
Bons inimigos, vamos sem rancor.
Não as achei, mas creio que há, enfim,
Palavras que são coisas, vi a cor
Da esperança e cheguei mesmo a supor
Virtudes sem perjúrio ou falsidade;
Nos prantos dos demais vislumbro dor
Em dois ou três, e penso, de verdade,
Que o bem pode existir e assim felicidade.



BYRON, George Gordon. "Childe Harold -- Excertos". In: BYRON, George; KEATS, John. "Entreversos". Traduções de Augusto de Campos. Campinas: Editora UNICAMP, 2009.

Um comentário:

Beto Viana disse...

Belíssimo Cicero!

Ler isso num domingo desses dá alento.

Ilhéus já era canção.

Abraço