13.12.10

Alex Varella: "Embarcadisso"





EMBARCADISSO



Deitava na minha cama, mas no meio da noite passava pra cabeceira do rio

em Ítaca ou Alexandria eu já sabia o que isso quer dizer

era um menino da natureza

meus olhos são o sinônimo perfeito do lugar

nasci à beira-mim, isso é, à beira mar




VARELLA, Alex. "Novos poemas de Alexandria".  Disp. in blog A cidade sou eu (http://acidadesoueu.blogspot.com/). Acessado em 13/12/2010.

7 comentários:

ADRIANO NUNES disse...

Cicero,


Muito belo! Grato!

Abraço fraterno,
Adriano Nunes

ADRIANO NUNES disse...

Cicero,


um poema recente:

"controvérsias, contornos e conchavos"




meio-dia.
telefone desligado.
trânsito entrando sobrando
no cérebro,
calor,
vontade
de
sair correndo, dizer
o que
era pra ser dito,
esquecer
o quanto já tinha ouvido,
querer mesmo um
fim

de semana, um dia
pra rever-
ter tudo em
bel-prazer...
mas por que esse pensamento
perigoso,
cisma clínica sexto sentido
intuição,
ciúme, ridículo
arquétipo de
distração
resolveu dar as cartas,
feito diabinho
soprando, na orelha,
o conselho,
a controvérsia,
a centelha
pentelha... a regra
afinal?

e o momento
suspenso-suspense surpreende-me
de tal forma
que a vida deforma,
que o real
desbota-se...
enquanto calculo
a margem de erro
do engano:

o amor
é amor e
sem cláusulas,
contrato (esqueçamos
as fissuras,
as loucuras,
as brigas mais duras,
os vexames!)
o amor é
(um desacordo?)
exato.



Abraço fraterno,
Adriano Nunes,

Anônimo disse...

acabo de conhecer o blog:
muito bom! pelos textos e pelos links e pela energia...
voltarei mais...
abraços!

ANALUKAMINSKI PINTURAS disse...

Caro Cícero, gosto de tua poesia! Passo para deixar um abraço alado, e desejar boas festas.

Isaias de Faria disse...

cícero, adorava ler seus artigos na folha. fico pesaroso. espero q possamos ter seus textos aqui ou em outro lugar.
abraço

Anônimo disse...

Adorei seu trabalho, escrevo a pouco tempo no Portal Literario, e ja estou encantada com todos os escritores. Meu abç e respeito, de um chego no meu blog... Boa noite.

ADRIANO NUNES disse...

Cicero,


Um soneto novo:

"o meu mundo era um mapa"



completos cinco anos de idade,
o meu mundo era um mapa-
múndi. devorava-o, à socapa,
em mim... quanta felicidade!

repetia tudo em voz alta:
bolívia, la paz capital.
na europa, espanha , portugal.
madagáscar, madeira, malta

são ilhas. (a palavra estranha
atravessava-me, tal ar)
inglaterra era grã-bretanha,

o mar morto, abaixo do mar.
a travessura me acompanha...
é minha infância a me guardar!


Abraço fraterno,
A. Nunes.